CLICK PLEAZZZ

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Desculpe

Desculpe Sr. M.. Peço desculpa por não termos chegado lá a tempo. Peço desculpa pelos meus colegas, pelo atraso que acelerou o inevitável. Peço desculpa por não poder fazer mais nada por si. Peço desculpa por possivelmente não lhe ter prestado toda a atenção que merece. Peço desculpa por possivelmente ter deixado transparecer algo que lhe desse esperanças num desfecho melhor. Peço desculpa por qualquer atitude fria e distante. Peço desculpa por tudo o que podia ter feito para o seu bem estar, e não fiz... Penso em si muitas vezes e no quão incapazes somos perante a doença. Mas também penso muitas vezes no que poderia ter sido feito, e não foi... Desculpe.

agora é agora...

e amanhã é outro dia... Agora já estou fino outra vez.. Mas fiquei triste, desiludido, surpreendido, e outros "idos" que se lembrem.. Sim, fodido também.. Confesso que não estava á espera. Nada á espera. Mas mesmo nada.. Porra!
Tem calma amigo. Não é contigo; aliás, fico feliz por ti. É com ela. Não consigo deixar de pensar "então... mas então e eu?!". Acho que tu pensarias o mesmo.. Mas ao mesmo tempo penso que provavelmente estou a ser injusto. Provavelmente não mereço umas palavras; dois minutos do seu tempo. Provavelmente...


quinta-feira, 30 de agosto de 2007

boa sorte?

Uma música tão bonita, com uma letra tão triste... Parece uma despedida...
Porque será que encontrei isto lá no teu sítio?
Estará aqui implícita uma mensagem para alguém?.. Para alguém que não queiras na tua vida?.. Ou para alguém em quem simplesmente não queres pensar?...
"Everything you want to give me
It too much
It’s heavy
There is no peace"


You deserve everything... Nothing's too much for you, if it's heavy, i'll carry it for you. Peace will come when we kiss each other.. The peace of Love.

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

I am...

Acerca de mim...

64%icted to Blogging Are
87%


$4375.00The Cadaver Calculator - Find out how much your
2,426,760How Many Germs Live On Your Keyboard?
27% Geek

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Red Bull Air Race

Neste momento faltam 3 dias, 13 horas e 36 minutos para a fantástica, empolgante, adrenalinizante RED BULL AIR RACE aqui em Portugal (finalmente)!
Depois de cidades como Rio de Janeiro, Istambul, Londres e Budapeste, entre outras, a Fórmula 1 dos ares vem ao Porto!

A Red Bull Air Race foi pela primeira vez para os ares em 2003, organizada em conjunto pela RED BULL (que entrou com o carcanhol) e pelo piloto acrobático Húngaro Peter Besenyei, o qual contribuiu com toda a sua experiência em acrobacia de forma a criar um evento que conseguisse combinar a beleza dos voos acrobático com a velocidade e espectularidade de uma corrida. A Red Bull Air Race reúne anualmente os melhores pilotos do mundo, que competem entre si para obter o titulo mundial. Apenas os 6 primeiros classificados recebem pontos, sendo que o 1º recebe 6 pontos e o 6º apenas 1. Esta pontuação acumula-se e no final das series o piloto com mais pontos é o vencedor.

Os pilotos competem um de cada vez num percurso delineado no chão por meio de uns cones denominados "air gates". Estes gates distam 10 a 14 metros entre si e rasgam-se ao minimo toque com o avião para impedir acidentes e podem "voltar à acção" em 3 minutos por auto-insuflação.
Existem regras de passagem por estes air gates e o seu desrespeito pode significar uma penalização de 3 segundos ou mesmo a desqualificação.
Para os air gates com marcas vermelhas, é exigido aos pilotos que o passem em knife edge, significando isto que o avião tem de ter uma asa a apontar para o solo e outra para o céu, caso contrário não só é penalizado como corre o risco de atingir um air gate visto que estes vermelhos distam apenas 10 metros entre si (a envergadura de um avião da RBAR é de 8 metros).
Já nos air gates azuis é exigido o voo nivelado ( estes air gates distam 14 metros entre si ).

E perguntam vocês: Sim sim, é tudo muito bonito, mas e então e as máquinas?!?!
Ah pois, para a corrida usam-se apenas 3 tipos de aviões ;)

Extra 300s
É um dos aviões de acrobacia mais famosos do mundo, muito devido á sua constante presença no Flight Simulator dos chupistas da Microsoft. Construído em fibra de carbono esta maravilha da mecânica e aerodinâmica é capaz de aguentar uma força de 10g, condição essencial para este tipo de corrida e para o voo acrobático.
Alguns pilotos usam uma variante deste modelo, o Extra 300SR. Este é igual em tudo excepto nuns cavalos a mais a puxar no motor.
Beleza né?...

Zivko Edge 540
O Edge 540 tornou-se o avião de eleição dos pilotos da RBAR graças à sua performance claramente superior perante o Extra e o MX2. Esta pequena maravilha aeronáutica é capaz de aguentar 15g e atingir velocidades de 426 km/h (wow!) graças ao seu motor de 310cv.


MX2
Com uma velocidade de ponta comparável ao Edge, este avião provou que está mais que apto para a RBAR, e é a escolha de alguns pilotos.


Eu vou estar lá! Tenho de estar lá ;)
No sábado de manhã cedinho toca a sair para o Porto e rezar para encontrar um local porreiro para os ver passar...
Quem quiser vir comigo é só dizer!
Depois coloco fotos e quiçá, videos ;)

The Story of Love and Cruelty

Adoro esta música. Trás-me tantas recordações...



Ah, o video é do "Wicker Park"...

tributo [Matrafão]

Resolvi criar posts especiais de pessoas, acontecimentos, objectos, etc etc etc.. que merecem a minha total admiração e consideração... Serão uma espécie de tributo que de vez em quando serão atribuidos pelo "vamos brincar aos médicos"

E então para estrear este novo tipo de posts resolvi fazer o:

Tributo ao "Matrafão"
Para quem não sabe o "Matrafão" é um blog. Mas não é um blog qualquer; é o blog de um grande amigo, um verdadeiro "brother in arms..."
É sempre agradável visitá-lo e os posts são sempre de excelente qualidade e de assuntos muito diversificados. Vale bem a pena visitar e esperar pelos posts mais fresquinhos do Matrafão.
Um abraço amigo
and keep up the good work

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

é chato trabalhar ao domingo

Momento de culinária, para o relax..

Receita para uma urgência de Medicina apimentada:

Juntar:
4 AVC's hemorrágicos
1 AVC isquémico
1 intoxicação por organofosforados
1 crise convulsiva
1 bêbado
1 hidronefrose que a urologia não quiz aceitar
1 hematúria macroscópica
1 glioma (tumor cerebral)

adicionar as calinadas do costume dos "triadores".. (e hoje estava um trio de morte... AG, Sava, Bern)

por uns pozinhos de trovoada e cortes intermitentes de electricidade - ou seja, sem TAC ou RM durante cerca de uma hora... e com as análises a demorarem séculos...

e por fim, a cereja em cima do bolo: uma esposa aos gritos no corredor "ele não está bêbado... eu processo quem disser que está... ele não bebeu nada..."

No meio disto tudo a coisa boa foi ter saído uma hora mais cedo... "Vai descansar" - disse-me a chefe. Nem disse nada, a não ser desejar boa noite a todos e pus-me a andar.

Ahh... Já não chove.. É noite, a estrada está vazia... O depósito cheio.. Antena 3 a bombar... Mesmo como eu gosto.

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

hidden.. but not dangerous...

Hoje andei "escondido" o dia todo.
Só falei com a minha chefe (claro, que remédio..) e com os caros Sr. RP, Sr. DM, Sr.MP e Sr. JP.
Coitados, devem estar mortinhos por ir embora.. Dois deles provavelmente vão... Mas os outros dois... Duvido.
Agora que penso nisso, ás vezes faz falta um Oscar, para não haver surpresas.

Já em casa meti-me no meu canto sem chatear ninguém e fiz aquilo que sempre faço... Nada de jeito, mas desta vez em Stealth mode.
Ainda com o trauma de ontem e já a altas horas da noite deparo-me com um anúncio surpreendente, achado quase por acaso.. Depois de o ler avidamente fiquei com a sensação que até encaixo no perfil e tenho as habilitações necessárias... Não fazia ideia da dimensão desta cena!
Hmmmm... Pensei 1 minuto e decidi. Vou avançar, porra, tanta inactividade acabaria por me matar de aborrecimento.
O pior mesmo vai ser escrever o CV.
Amanhã trato disso.

Um dia na vida do Oscar

Oscar the Cat awakens from his nap, opening a single eye to survey his kingdom. From atop the desk in the doctor's charting area, the cat peers down the two wings of the nursing home's advanced dementia unit. All quiet on the western and eastern fronts. Slowly, he rises and extravagantly stretches his 2-year-old frame, first backward and then forward. He sits up and considers his next move.

In the distance, a resident approaches. It is Mrs. P., who has been living on the dementia unit's third floor for 3 years now. She has long forgotten her family, even though they visit her almost daily. Moderately disheveled after eating her lunch, half of which she now wears on her shirt, Mrs. P. is taking one of her many aimless strolls to nowhere. She glides toward Oscar, pushing her walker and muttering to herself with complete disregard for her surroundings. Perturbed, Oscar watches her carefully and, as she walks by, lets out a gentle hiss, a rattlesnake-like warning that says "leave me alone." She passes him without a glance and continues down the hallway. Oscar is relieved. It is not yet Mrs. P.'s time, and he wants nothing to do with her.

Oscar jumps down off the desk, relieved to be once more alone and in control of his domain. He takes a few moments to drink from his water bowl and grab a quick bite. Satisfied, he enjoys another stretch and sets out on his rounds. Oscar decides to head down the west wing first, along the way sidestepping Mr. S., who is slumped over on a couch in the hallway. With lips slightly pursed, he snores peacefully — perhaps blissfully unaware of where he is now living. Oscar continues down the hallway until he reaches its end and Room 310. The door is closed, so Oscar sits and waits. He has important business here.

Twenty-five minutes later, the door finally opens, and out walks a nurse's aide carrying dirty linens. "Hello, Oscar," she says. "Are you going inside?" Oscar lets her pass, then makes his way into the room, where there are two people. Lying in a corner bed and facing the wall, Mrs. T. is asleep in a fetal position. Her body is thin and wasted from the breast cancer that has been eating away at her organs. She is mildly jaundiced and has not spoken in several days. Sitting next to her is her daughter, who glances up from her novel to warmly greet the visitor. "Hello, Oscar. How are you today?"

Oscar takes no notice of the woman and leaps up onto the bed. He surveys Mrs. T. She is clearly in the terminal phase of illness, and her breathing is labored. Oscar's examination is interrupted by a nurse, who walks in to ask the daughter whether Mrs. T. is uncomfortable and needs more morphine. The daughter shakes her head, and the nurse retreats. Oscar returns to his work. He sniffs the air, gives Mrs. T. one final look, then jumps off the bed and quickly leaves the room. Not today.

Making his way back up the hallway, Oscar arrives at Room 313. The door is open, and he proceeds inside. Mrs. K. is resting peacefully in her bed, her breathing steady but shallow. She is surrounded by photographs of her grandchildren and one from her wedding day. Despite these keepsakes, she is alone. Oscar jumps onto her bed and again sniffs the air. He pauses to consider the situation, and then turns around twice before curling up beside Mrs. K.

One hour passes. Oscar waits. A nurse walks into the room to check on her patient. She pauses to note Oscar's presence. Concerned, she hurriedly leaves the room and returns to her desk. She grabs Mrs. K.'s chart off the medical-records rack and begins to make phone calls.

Within a half hour the family starts to arrive. Chairs are brought into the room, where the relatives begin their vigil. The priest is called to deliver last rites. And still, Oscar has not budged, instead purring and gently nuzzling Mrs. K. A young grandson asks his mother, "What is the cat doing here?" The mother, fighting back tears, tells him, "He is here to help Grandma get to heaven." Thirty minutes later, Mrs. K. takes her last earthly breath. With this, Oscar sits up, looks around, then departs the room so quietly that the grieving family barely notices.

On his way back to the charting area, Oscar passes a plaque mounted on the wall. On it is engraved a commendation from a local hospice agency: "For his compassionate hospice care, this plaque is awarded to Oscar the Cat." Oscar takes a quick drink of water and returns to his desk to curl up for a long rest. His day's work is done. There will be no more deaths today, not in Room 310 or in any other room for that matter. After all, no one dies on the third floor unless Oscar pays a visit and stays awhile.

Since he was adopted by staff members as a kitten, Oscar the Cat has had an uncanny ability to predict when residents are about to die. Thus far, he has presided over the deaths of more than 25 residents on the third floor of Steere House Nursing and Rehabilitation Center in Providence, Rhode Island. His mere presence at the bedside is viewed by physicians and nursing home staff as an almost absolute indicator of impending death, allowing staff members to adequately notify families. Oscar has also provided companionship to those who would otherwise have died alone. For his work, he is highly regarded by the physicians and staff at Steere House and by the families of the residents whom he serves.

in Dosa, David M. A Day in the Life of Oscar the Cat, N Eng J Med, Volume 357:328-329, 26 Julho 2007

Impressionante não acham?
O Oscar também gosta de brincar aos médicos... E pelos vistos acerta.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Origem do nome

Porquê "Vamos brincar aos médicos"?

Eu passo a explicar:

Eu trabalho num local onde é suposto prestarem-se cuidados de saúde a pessoas que supostamente estão doentes. Nos meus poucos meses de vida profissional a tentar salvar vidas ;) tenho vindo a descobrir que alguns colegas profissionais de saúde (agora usa-se dizer isto né?) brincam aos médicos... Não só no sentido malandro (sim, esse que estão a pensar), mas também literalmente.
Brincam aos médicos, fingem que sabem, arriscam, inventam e, consequentemente, expoem o bem estar e mesmo a vida dos doentes a situações perfeitamente evitáveis e potencialmente perigosas...

Já bem dizia a saudosa Professora Telma com aquele seu ar de quem sabe o que estamos a pensar: "... não inventes".
Pois é, tem razão Sra. Professora, inventar é que não!

Pronto, como queria entrar nesta moda dos blogs e não me lembrava de nenhum nome a dar a isto, optei por este. Mas quem sabe se ainda o mudarei qualquer dia... Acho que já vi essa opção por aí..

3..2..1.. Começou o jogo!

Comecei um blog.. Afinal os meus piores receios não se confirmaram e até foi fácil fazer isto...

Olá.
Não sou um poeta, nem tão pouco o mais miserável dos escritores. Nem sequer tenho jeito para escrever. Sou apenas um gajo que não tem mais nada que fazer e se lembrou de partilhar com todos alguns pensamentos e desabafos. Não esperem muito deste blog.

Confesso que também não estou preocupado. É provável que os meus posts nunca venham a ser lidos por ninguém. Mas nem isso me ocupa o pensamento. Simplesmente I don't care.

O objectivo é simplesmente escrever. Escrever quando quero falar e não tiver ninguém para me ouvir, escrever quando não tenho sono, escrever quando estiver aborrecido, simplesmente escrever.